Em momentos de crise as empresas precisam aceitar e se planejar para encolher de maneira consciente e saudável.
Estamos enfrentando uma crise mundial sem precedentes e, independentemente das opiniões diferentes do como e do porquê ela surgiu e ficou tão grande, o fato é que ela está aí afetando e alguma a forma a vida e o estilo de 100% das pessoas em escala mundial.
E quando falamos do meio corporativo, da mesma forma que nas pessoas, esta crise também mudou o “estilo de vida” de 100% das empresas e, por mais que vejamos alguns casos de empresas que conseguiram crescer ou aproveitar a crise se consolidar no mercado, a regra geral tem sido de encolhimento e fechamento de portas, principalmente em pequenas e médias empresas. Ou seja, a empresa que sobreviver possivelmente vai encolher este ano, simples assim.
E, da mesma forma que em momentos de bonança muito se fala sobre como uma empresa deve crescer de maneira saudável, em momentos de crise as empresas também poderiam se planejar para encolher de maneira consciente e saudável. Encolher costuma ser uma palavra proibida no meio empresarial, mas, às vezes, ela significa apenas dar um passo atrás para se organizar e conseguir dar vários passos sustentáveis à frente quando a crise acabar.
Investir pesado em momentos de crise para tentar manter as vendas a todo custo pode até parecer arrojado, mas este “todo custo” pode ser alto demais, pois pode significar a continuidade ou não da empresa.
Mas como encolher de maneira saudável e consciente? Para isso, tenho 3 dicas que ajudarão neste processo e, principalmente, transformarão a sua empresa para um crescimento sustentável.
1 – Estude a sua base de dados de clientes e aproveite para conhecê-los melhor. Identifique quem continua comprando, quem diminui as compras ou não compra mais e, o mais importante, identifique como você conquistou cada um destes grupos e por que eles resolveram comprar da sua empresa. Talvez assim você consiga descobrir como agir para conquistar os “clientes certos” daqui para frente.
2 – Mas conquistar os “clientes certos” não é uma ação unilateral, ou seja, não é algo que apenas a sua empresa decide. Acredito na tese de que conscientemente ou não, as pessoas não compram o que as empresas fazem, mas sim o “por que” elas fazem. E este “por que” nós podemos traduzir como o propósito nobre da sua empresa. O propósito é algo mais profundo do que apenas as frases de missão e visão que conhecemos, pois ele está ligado à cultura da empresa. Uma empresa com um propósito claro e que vá além de gerar lucro, entende que a satisfação do cliente é mais importante do que os seus produtos. Os produtos são apenas os meios que a empresa usa para entregar esta satisfação. Então, aproveite o momento da crise para uma reflexão: Qual o propósito da minha empresa?
3 – Foque no bom relacionamento com seus clientes. Esta última dica é consequência das duas anteriores. Se sua empresa aprendeu sobre seus clientes e tem um propósito claro. Transforme-a numa empresa orientada ao cliente não apenas no discurso do marketing, mas efetivamente na sua prática diária. Aliás, use o marketing e a comunicação para construir de fato bons relacionamentos com seus clientes, entenda que a venda e o lucro serão uma consequência e tenha paciência, pois construir relacionamentos sustentáveis leva tempo mas, com certeza, vai preparar melhor a sua empresa para outros ciclos de crise que ainda virão.
Fonte: https://bit.ly/2ElxQxH