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Empreendedorismo une catadores em projeto de coleta seletiva em Itaúna

Sem categoria 2 de maio de 2018. Visualizações: 614. Última modificação: 02/05/2018 10:50:32

Um projeto desenvolvido por catadores de materiais recicláveis no Centro-Oeste de Minas tem se destacado na região. Em Itaúna, a Cooperativa de Reciclagem e Trabalho (Coopert) atende a 65% do município e reaproveita em torno de 23% do material recolhido, segundo dados do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), que acompanha o trabalho.

Recentemente, o trabalho foi reconhecido pelo prêmio “Melhores Práticas em Gestão Local”, que é um projeto concedido a cada dois anos pela Caixa Econômica Federal para iniciativas sustentáveis que gerem impacto na qualidade de vida das comunidades onde são executadas.

Os catadores de Itaúna estão entre os 11 selecionados em novembro de 2017 com o projeto que já tem quase 20 anos de história.

“Hoje, com a coleta seletiva e com os parceiros, com a população, com o poder público, a gente vê que a cidade é uma cidade limpa, boa de se viver, boa de se andar e nós queremos mais. Melhorar mais”, disse o presidente da cooperativa, Maria Joana Oliveira.

Transformação social

Desde 2012, a cooperativa cuida de toda a coleta seletiva na cidade por meio de contrato firmado com a Prefeitura. São os próprios catadores que fazem e executam o planejamento do serviço.

Por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura de Itaúna informou que o contrato foi renovado em abril de 2017 e os repasses mensais do município à cooperativa foram reajustados em 15%, passando de R$ 136,7 mil por mês para R$ 157,2 mil.

De acordo com o diretor do Saae, Samuel Nunes, atualmente a Coopert possui 72 cooperados que recebem, em média, pouco mais de dois salários mínimos por mês.

“Nós tiramos aquele preconceito de lixeiro e fizemos, de fato, uma inclusão social, onde eles têm uma renda de aproximadamente R$ 2.400 que, a nível Brasil, é um salário pela profissão que antes era totalmente informal e com um certo preconceito”, afirmou Nunes.

Para Maria Madalena, a maior transformação social promovida foi a justiça social feita a partir do momento em que foram reconhecidos como trabalhadores.

“A partir disso, a gente ganhou o resgate da nossa cidadania e a autoestima dessas pessoas, dessas famílias. O direito da vida, o direito do trabalho, o direito de ir e vir, o direito de você ter condição à saúde, à moradia, à educação”, reforçou Oliveira.

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