Os nomes animais (reais e imaginários) são usados para denotar marcos e traços diferentes das empresas: unicórnios, dragões, coelhos, e até baratas. A seguir, vamos analisar cada uma dessas nomenclaturas e suas principais características para ajudar você a entender em qual delas sua startup se encaixa.
Unicórnio é um ser que surgiu através de lendas, no mundo do empreendedorismo, esse ser da mitologia toma a forma de startups privadas de tecnologia que valham US$ 1 bilhão ou mais. Essa é, sem dúvidas, a classificação mais popular na área. Representa um marco importantíssimo e dificílimo de alcançar.
Unicórnios se caracterizam por um crescimento superacelerado, empurrado por dinheiro de capitais de risco. Eles não são necessariamente lucrativos. Buscam ter escala, obter uma grande parcela de mercado, antes de pensar em fazer dinheiro.
Para alguns, alcançar o nível “dragão” significa retornar US$ 1 bilhão ou mais para os investidores que acreditaram em sua empresa.
Mas, segundo o próprio autor que cunhou o termo, ser um dragão equivale a devolver o valor de um fundo, ou vários fundos, para as firmas que o apoiaram – não necessariamente US$ 1 bilhão.
Em 2015, em seu IPO, a Fitbit, das pulseiras inteligentes, se tornou uma startup dragão da firma americana de capital de risco Foundry Group. A companhia levantou US$ 732 milhões com a oferta de ações, cobrindo o investimento inicial da Foundry Group, de US$ 240 milhões.
No mundo do empreendedorismo, coelho em inglês (rabbit) é um acrônimo para Real Actual Business Building Interesting Tech. Traduzindo: Negócio real que cria tecnologia interessante. O termo “real” se contrapõe à ideia das startups unicórnio. Estas que ganham a alcunha do animal mitológico são medidas por seu potencial, pelo que podem vir a ser, e não pela receita que realmente geram, como é o caso das startups coelho.
Coelhos são basicamente o oposto dos unicórnios. Crescem num ritmo lento, mas constante; controlam seus gastos e não queimam dinheiro com frivolidades; têm uma base real de clientes; trazem lucros reais à indústria de que pertencem.
Essas características são parecidas com as das startups barata, que recebem essa classificação por serem resilientes, capazes de sobreviver às mais fortes adversidades. Enquanto insetos, as baratas têm uma morfologia que lhes permite sobreviver a guerras nucleares em determinados casos.
Por causa dessa resistência, por terem gastos bem controlados e sempre estarem de olho em receita e lucro, essas startups oferecem um risco menor aos investidores — e estão sendo visadas por eles.
Segundo analistas, a economia mundial atual pode forçar startups unicórnio a se tornarem coelhos ou baratas. Em tempos de mercado global de ações em baixa e economia norte-americana desacelerada (a maioria dos unicórnios vem de lá), trocar o potencial, que é abstrato, pela consistência parece uma ótima ideia.
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