Na década de 90, um dos termos mais debatidos na área de tecnologia era, sem dúvidas, a inteligência artificial.
Filmes, livros de ficção e grandes previsões traziam grandes expectativas para todas as pessoas apaixonadas por tecnologia e negócios em geral.
A grande verdade é que a inteligência artificial ainda gera muita expectativa, visto que está muito longe de alcançar seu potencial em mercados de massa. Ter um “robô-multitarefa” em casa, ainda é algo distante para alguns.
Dentro desse contexto de grandes previsões, na última década um novo termo tornou-se figurinha carimbada nos grandes congressos de tecnologia e negócios pelo mundo. Trata-se da chamada “internet das coisas”.
A internet das coisas refere-se à uma rede de objetos conectados à internet capazes de coletar e trocar dados usando sensores incorporados. Carros, utensílios de cozinha, equipamentos esportivos e até mesmo monitores de batimento-cardíaco podem ser conectados através da internet das coisas. E à medida que a Internet das Coisas irá crescer nos próximos anos, mais dispositivos se juntarão a essa lista.
Pode parecer algo distante, mas ao pensarmos que os próprios automóveis já possuem GPS de bordo, podemos ver que esse tipo de tecnologia está prestes a sofrer um boom no mercado de negócios.
Imagine que sua geladeira esteja conectada ao seu computador de trabalho e ela mesma lhe envie dicas interessantes. Por exemplo, comunicando que um mercado no caminho de sua apresenta produtos em oferta que estão em falta na sua casa.
Banal? Então imagine que ao parar em um posto de gasolina, seu carro lhe comunique que aquele posto é mais caro que outro posto logo a frente.
O mercado de saúde também pode ser impactado positivamente. Imagine um marca-passo que, ao atingir um determinado nível, envia um SMS para o médico ou para o familiar do paciente.
Oportunidades para esse mercado não faltam para àqueles que buscam ideias de negócio na área de internet. A renomada empresa de pesquisa em negócios, BI Intelligence, prevê que até 2020 existam mais de 24 bilhões de dispositivos integrados à internet.
Porém, como qualquer novo mercado disruptivo, surgem pontos negativos.
Como os dispositivos acabem ficando conectados à Internet das coisas, a segurança e a privacidade se tornaram a principal preocupação entre os consumidores e empresas.
Os ataques cibernéticos também são uma ameaça crescente à medida que mais dispositivos conectados surgem em todo o mundo. Surge aí, novos mercados e oportunidades para quem trabalha com segurança digital.
Fique de olho
A internet das coisas não é uma previsão de algo que poderá estar presente em um futuro próximo. Na verdade, esses tipos de tecnologias já estão nas casas de muitos de nós.
A própria TV Smart, popular no Brasil, já é conectada à internet. O que na verdade está por vir são os mais variados itens que, mesmo apresentando baixos custos, como uma torradeira por exemplo, poderão ter funções conectadas a internet.
Para os empreendedores que buscam mercados embrionários, a internet das coisas pode ser um caminho interessante.
Porém, é necessário ter uma visão de que riscos de segurança poderão estar presentes entre produtos e consumidores nesse contexto.
Sobre o Convidado:
Alexandre Campos é professor de Marketing Digital na Impacta e já realizou estudos e projetos para empresas como Renault, Nextel e Alibaba.
Link da fonte: http://www.startupsstars.com/2017/05/internet-das-coisas-um-oceano-para-ser-explorado-por-alexandre-campos/